quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

PT quer resposta de Marta e aliança ampla com PMDB

JOSÉ ALBERTO BOMBIG
da Folha de S.Paulo

O PT paulista vai procurar nos próximos dias a ministra Marta Suplicy (Turismo) para ouvir dela uma resposta oficial sobre a disposição de concorrer à Prefeitura de São Paulo. Será o primeiro ato formal pela candidatura da ex-prefeita. O encontro, que deve ocorrer nos próximos dias, será solicitado por Edinho Silva, presidente do diretório estadual, e José Américo Dias, presidente do diretório municipal.

Os dois petistas, que estarão à frente dos GTEs (Grupos de Trabalho Eleitoral) do partido no Estado e na capital, também darão início nesta semana às negociações em torno de alianças. A prioridade, por enquanto, é o PMDB do ex-governador Orestes Quércia.

Silva se disse disposto a negociar com Quércia uma aliança que inclua todo o Estado. "Nós temos de ter uma coisa mais abrangente", afirmou.

"Vamos ouvir o que ela está pensando. Sem ela no páreo, o cenário é muito difícil para o PT, mas o trabalho da Marta no Turismo tem sido muito bom", disse ontem Silva.

"É evidente que a política de alianças dependerá muito de quem será o nosso candidato. Mas nossos principais adversários também vivem um momento de indefinição", acrescentou Silva, em referência às possíveis candidaturas de Geraldo Alckmin (PSDB) e Gilberto Kassab (DEM). Alckmin também investe na aliança com o PMDB. Ele se reuniu com Quércia às vésperas do Natal.

O presidente estadual admitiu que o PT enfrenta problemas em grandes centros onde já foi muito forte e que, por isso, poderá apoiar candidatos de outros partidos, desde que eles façam parte da coalização de Lula. Citou Campinas como exemplo: "Há uma possibilidade de apoiarmos o atual prefeito, Doutor Hélio, que tenta a reeleição e é do PDT".

O PT paulista esteve no epicentro dos dois principais escândalos da história recente da sigla: o mensalão (2005) e o chamado dossiegate (2006) --petistas envolveram-se na compra de documentos contra tucanos, entre eles José Serra.

"É evidente que o PT perdeu algum espaço, mas ganhou outros. Ficamos muito tempo na defensiva. Hoje existe um descolamento do governo Lula do partido. Vamos trabalhar para mudar isso", afirmou Silva.

O petista não quis fixar prazo para a decisão de Marta, que tem até junho para deixar o ministério se quiser concorrer. "Não queremos pressioná-la nem constrangê-la. Ela tem que ter tempo para dialogar com Lula. Caso contrário, ficará uma situação muito difícil porque nós construímos a chegada dela ao ministério."

Fonte: Fonte Online

http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u363956.shtml

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Médico Clínico e Sanitarista - Doutor em Saúde Pública - Coronel Reformado do Quadro de Dentistas do Exército. Autor dos livros "Sistemismo Ecológico Cibernético", "Sistemas, Ambiente e Mecanismos de Controle" e da Tese de Livre-Docência: "Profilaxia dos Acidentes de Trânsito" - Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina (UFF) - Disciplinas: Epidemiologia, Saúde Comunitária e Sistemas de Saúde. Professor Titular de Metodologia da Pesquisa Científica - Fundação Educacional Serra dos Órgãos (FESO). Presidete do Diretório Acadêmico da Faculdade Fluminense de Odontologia. Fundador do PDT, ao lado de Leonel Brizola, Darcy Ribeiro, Carlos Lupi, Wilson Fadul, Maria José Latgé, Eduardo Azeredo Costa, Alceu Colares, Trajano Ribeiro, Eduardo Chuy, Rosalda Paim e outros. Ex-Membro do Diretório Regional do PDT/RJ. Fundador do Movimento Verde do PDT/RJ. Foi Diretor-Geral do Departamento Geral de Higiene e Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde e Higiene/RJ, durante todo o primeiro mandato do Governador Brizola.