Por José Dirceu
Kassab e AlckminAs ameaças do governador Geraldo Alckmin (PSDB) de retaliações a prefeitos que analisaram a possibilidade de trocar de partido e ir para o PSD, e a cláusula de incentivo à infidelidade partidária incluída pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (ex-DEM-PSDB) no estatuto do novo partido em formação são dois exemplos explícitos de como caminham a oposição e a futura legenda pessedista.
Para conter a debandada de prefeitos do interior que ameaçavam ir para o PSD – na prática substituto do DEM – o governador mandou avisar ao de Mogi das Cruzes, Marco Bertaiolli, que se ele trocasse o DEM pelo novo partido, cancelaria a instalação da unidade do Poupatempo na cidade e a colocaria em Suzano. Também avisou à prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Veras, que se ela fosse para o PSD transferiria a nova escola técnica estadual (ETEC) para Franca ou Barretos. Os dois prefeitos recuaram.
Para engrossar as fileiras de seu novo partido, o prefeito paulistano Gilberto Kassab incluiu no estatuto do PSD dispositivo que representa expressamente a garantia de que não irá exigir na Justiça o mandato dos parlamentares que, futuramente, trocarem a legenda por outra. O PSD institucionaliza, assim, a possibilidade de servir como trampolim, ou a janela que muitos queriam para não correr riscos de perder mandatos diante da lei da fidelidade.
Usam poder e máquina para fortalecer seus partidos
Moral da história: com suas ameaças de retaliações e com o desprezo à fidelidade partidária, o governador paulista e o prefeito paulistano fazem uso descarado dos governos que comandam, de cargos e obras, para manter e/ou cooptar parlamentares e lideranças.
Na prática, o dispositivo que Kassab mandou incluir nos estatutos do PSD sacramenta uma flagrante violação da fidelidade partidária, com o intuito de conquistar parlamentares em trânsito para outras legendas, na expectativa de que o Congresso Nacional aprove a chamada janela da infidelidade. A janela é o prazo de seis meses a cada quatro anos para os parlamentares mudarem de partidos.
No caso do governador Alckmin, nenhuma novidade. Os tucanos sempre governaram com o mapa político-partidário nas mãos retaliando e discriminando prefeitos do PT e da oposição nestes quase 30 anos em que detém o poder no Estado de São Paulo.
Kassab e AlckminAs ameaças do governador Geraldo Alckmin (PSDB) de retaliações a prefeitos que analisaram a possibilidade de trocar de partido e ir para o PSD, e a cláusula de incentivo à infidelidade partidária incluída pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (ex-DEM-PSDB) no estatuto do novo partido em formação são dois exemplos explícitos de como caminham a oposição e a futura legenda pessedista.
Para conter a debandada de prefeitos do interior que ameaçavam ir para o PSD – na prática substituto do DEM – o governador mandou avisar ao de Mogi das Cruzes, Marco Bertaiolli, que se ele trocasse o DEM pelo novo partido, cancelaria a instalação da unidade do Poupatempo na cidade e a colocaria em Suzano. Também avisou à prefeita de Ribeirão Preto, Dárcy Veras, que se ela fosse para o PSD transferiria a nova escola técnica estadual (ETEC) para Franca ou Barretos. Os dois prefeitos recuaram.
Para engrossar as fileiras de seu novo partido, o prefeito paulistano Gilberto Kassab incluiu no estatuto do PSD dispositivo que representa expressamente a garantia de que não irá exigir na Justiça o mandato dos parlamentares que, futuramente, trocarem a legenda por outra. O PSD institucionaliza, assim, a possibilidade de servir como trampolim, ou a janela que muitos queriam para não correr riscos de perder mandatos diante da lei da fidelidade.
Usam poder e máquina para fortalecer seus partidos
Moral da história: com suas ameaças de retaliações e com o desprezo à fidelidade partidária, o governador paulista e o prefeito paulistano fazem uso descarado dos governos que comandam, de cargos e obras, para manter e/ou cooptar parlamentares e lideranças.
Na prática, o dispositivo que Kassab mandou incluir nos estatutos do PSD sacramenta uma flagrante violação da fidelidade partidária, com o intuito de conquistar parlamentares em trânsito para outras legendas, na expectativa de que o Congresso Nacional aprove a chamada janela da infidelidade. A janela é o prazo de seis meses a cada quatro anos para os parlamentares mudarem de partidos.
No caso do governador Alckmin, nenhuma novidade. Os tucanos sempre governaram com o mapa político-partidário nas mãos retaliando e discriminando prefeitos do PT e da oposição nestes quase 30 anos em que detém o poder no Estado de São Paulo.